Translate

Pré-socráticos

 

Filosofia


Filo: traduz-se por amor, amigo; em suma, relação de modo passível para o bem gostar
Sofia: Saber; que para Aristóteles se caracteriza através do saber pelo saber.
Por derivação de sentido, pode-se dizer que filosofia significa amor pelo saber, amigo do saber e, portanto, preferência por estar a seu lado (do saber).

Observação: 1º objetivo dos estudos: estudar. 2º objetivo: discorrer
pela História da Filosofia inicial, bem como se aprofundar
acaso venha ser de meu interesse, em alguns tópicos
pelos quais se dará a minha passagem.
3º objetivo: exercer a atividade filosófica em tópicos
de meu interesse —,
reflexionar.


  • Pré-socráticos



- Conceitos iniciais: Mythos x Logos; Physis x Kosmos.

        Ambos (Mythos e Logos) se traduzem, para nossa língua, por discurso, estudo, teoria, etc... Quando se dá o período pré-socrático (início da filosofia grega), acontece, gradualmente, a passagem do discurso metafórico, imagético, divino narrativo —, a um discurso argumentativo discursivo/dissertativo — creio que, a priori, mais oralmente transmitido (discursivo) —, conceitualizado, com conceitos, a entender a natureza de maneira racional (por meio de a razão).

No tocante a um ou outro, enfatizo a gradualidade da passagem, bem como o seu nunca rompimento definitivo. Em minha tese, nunca houve uma quebra legítima, pois, do contrário, prejudicaria, até mesmo, o próprio desenvolver do logos, que, embora feito por meio de conceitos racionais, lhe é necessário o imagético meio para o bem se explicar, adjunto de elementos reais. O que houve, foi uma “tendenciação”: uma hora por um, uma hora pelo outro — conciliação. Se discordas, explique-me o que é a alegoria de Platão; se discordas, explique-me, portanto, o mundo formal do filosofo, sem sua explicativa alegoria que, como adjetivo, tem o dever, por meios imagéticos e metafóricos, de explicar a realidade imutável, formal, de seu autor, bem como, secundariamente, o meio pelo qual lá se chega (ascendente dialética). Não houve quebra, bem como, jamais, deve havê-la, se acaso a reconstituição do tempo passado fosse possível.

Quanto à physis (natureza), seu nome já nos é bem intuitivo —: tema investigativo pelo qual se deu a filosofia pré-socrática. Pode-se dizer, conclusivamente, que os filósofos pré-socráticos, além de precederem Sócrates (expoente filosofo pelo qual se houve essa divisão terminológica: entre os pré-socráticos e os seus posteriores), foram o que denominam de filósofos naturais/da natureza, ou seja, filósofos da physis; physis sendo a natureza que se explica por ela mesma, e, portanto, passível de se haver uma arqué (Arkhé), existente na própria natureza (physis), que a explique e a descreva, a origine e a governe — em verbos propícios, dado o termo arkhé.

Veja, quanto ao Kosmos (cosmos), a princípio, não fora usado como referenciação ao universo — que por tal bem entendemos —, tal acontecimento ocorreu quando se houve a confraria pitagórica, por muito liderada — e fundada eternamente —, evidente, pelo filosofo natural Pitágoras. Kosmos se traduz por ordem, organização, harmonia, beleza — esta última muito interessante é, pois nos diz muito dos gregos, prezadores pela ordem, organização, harmonia, e, portanto, em suas concepções de beleza, belo é o compartilhante de tais caraterísticas — muito foi usado, pelos pré-socráticos — como referência: antes de o Pitágoras; posteriormente possivelmente também — como a ordem da totalidade do que já existe: natureza (physis), que sempre fora vista como bela e, portanto, intuitivamente organizada, harmônica, a partir de um princípio que a ordene, governe, tal como nos diz Olavo de Carvalho numa de suas aulas (https://www.youtube.com/watch?v=s__41tWoeiU) em que, por acaso, acaba discorrendo momentaneamente no tocante aos pré-socráticos. Uma curiosidade adjacente, não menos importante, é que a palavra cosmético, esta nos vinda do grego, possui, como derivação de sentido, provedora de a beleza, pois os produtos cosméticos, de cujo quaisquer contemporâneos utilizadores não vivem sem, são para arrumar imperfeições, desordem, inarmonias (desarmonias), que em nós existem; isso, conclusivamente, diz-nos um pouco de as nossas próprias concepções de beleza, as quais não se encontram longe da antiga grega.

- Conceito principal: Arkhé (Arqué)

O assunto mais importante do período pré-socrático, por ser envolto por uma substância (fundamento) investigativa para com a totalidade do que existe, natureza (physis); arqué que significa tanto origem, quanto governo, e, em síntese, princípio, que se entende pelo início, de modo a originar, quanto pelo fim, de modo a ditar, governar — como já bem vimos. Esta é a busca dos pré-socráticos: o encontrar de um princípio, denominado arqué, que, ao mesmo tempo que origina, também governa todas as coisas que existem e existirão na natureza, pois esta, de modo a entendê-la em sua totalidade (assim foram as cobiças dos pré-socráticos: entender a natureza em sua totalidade), deve possuir um comum elemento, que, presente em todas as coisas, dita e conduz a natureza, a totalidade do que existe, a totalidade de todas as coisas.

Friedrich Nietzsche, filósofo alemão, discorre a respeito de o início pré-socrático (início da filosofia grega) inaugurado por Tales de Mileto (o primeiro filósofo e grego filósofo), e a correlação desta à sua postulada arqué, proposição, por início, considerada até absurda, não, no entanto, por Nietzsche:

A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e, enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um.


NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultura, 1999.

Nietzsche refere-se a Tales, e a sua arqué, a água —, sendo esta, de acordo com Tales, o princípio de todas as coisas: originador e governante de tudo o que existe na totalidade (physis; natureza); Nietzsche defende o começar da filosofia com esta proposição, que, inicialmente, pode ser vista como absurda (fora da razão; irracional), mas não para ele por três motivos, o mais influente deles é justamente o terceiro que diz ser, embora em estado de semente (não-desenvolvido por completo; que não está maduro; verde), “Tudo é um” o paradigma da razão humana, do conhecer humano: o padrão, ou modelo, pelo qual se dá o pensamento racional do homem, de modo enxergar a realidade e a recortá-la, para um melhor entendimento dela ser feito, de maneira a ser específico correlação a natureza, para, talvez, entendê-la num todo; cousa que se evidencia, por muito, nas ciências, que são um conhecimento pelas causas, e que produzem por essas dado essas, que nada mais são do que especificidades da totalidade do que existe.

Muito me atraí esta sacada de Nietzsche, mas, sim, por muito mais no tocante ao que ela traz consigo, elemento à minha reflexão; vejamos a seguir, em próximo período. Ora, assim ele o fez (entendeu a devida importância advinda do nascimento da filosofia grega, por meio de a herança racional “Tudo é um”, que ele mesmo postula por meio de sua interpretação), a jogar-nos, por meio de o terceiro motivo, uma ideia de que a razão humana, que busca, por excelência, a verdade, a usá-la de modo a universalizar, um dia, o estudo do que se investiga, em uma totalidade imutável condizente com o mundo (metafísica), pois, senão, racional não seria partir de suas parcialidades, especificidades —, tampouco procurar a verdade; a natureza..., e por meio dela observemos este meu interesse ao bom entendimento —, totalizemos um de seus pilares — e cá a imaginemos qual o Partenon (templo grego em Atenas, à deusa de mesmo nome, em seu apogeu) — para bem entendê-la, até a ausência de seus pilares, chãos, ou tetos, e, portanto, uma visão completa da morada — sendo este, digo, exatamente, o movimento pelo qual se dá, interiormente, o conhecer humano. Isso força-me dizer que a realidade se comporta passivelmente à razão humana na medida em que somos capazes por ela de assim conhecê-la, a que, cá, a racionalidade humana, embora se enfatize o seu partir do particular (parcialidades) ao geral (totalidade) — como Nietzsche nos diz —, como numa indução, pode, bem como, fazer o inverso: de o geral (totalidade) ao particular (parcialidade) — a realidade não fica atrás —, como, a efeito de comparação, num silogismo aristotélico. A realidade estando de acordo com o meio pelo qual o homem pensa, a entendê-la, ou o homem estando de acordo com o meio pelo qual a realidade se desenvolve/é ou mostra-se ser, a qual muito se assemelha, ou é exatamente, qual sua racionalidade, posto a observação da mesma; julgo, de modo a postular, um esticado cabo, infinito em seu comprimento, portanto infinito, por ele ao longo contido de parcialidades e totalidades, que se mutam ao passo de avançarmos (o homem, adjunto de a sua razão, à verdade da natureza) em sua unidimensionalidade — e a seguir respondo previamente as perguntas do tipo: E como partir do geral ao particular sem saber o geral? Pior; e como partir do particular ao geral sem saber o particular? Pior-pior; ao chegar numa particularidade ou totalidade, o que haverá depois desta? —, que, eternamente, ao cabo de nossa chegada em uma totalidade, esta vira-nos parcialidade de outra totalidade, ao cabo de nossa chegada numa parcialidade, esta vira-nos uma totalidade de outra parcialidade, a continuar tal natural ciclo sem fim: a infinitude de as parcialidades e totalidades, existentes na realidade, ergo, bem como, a ausência de a verdade metafísica.

De este problema criado por mim, creio que Aristóteles, com sua metafísica, que propõe ato e potência, bem como as quatro causalidades —, resolve, a proporcionar-nos, a existência da verdade e por sua constante busca.

Um de meus interesses, além de Tales e Nietzsche para meu supracitado pensar problemático, contemplante de uma certa indeterminação quanto à verdade metafísica — no entanto a ideia de parcialidades e totalidades não se resumem a forçar uma “certa indeterminação quanto à verdade metafísica”; colocadas em paralelo ao pensar de Aristóteles, sobrevivem e se aplicam à filosofia do filósofo, de modo a reforçá-la —, no caso, Anaximandro sucede a este meu outro interesse, cujo tratar se dará aqui. Pré-socrático (filosofo natural/da natureza), aprendiz de Mileto, obscurece-se muito por conta de seus fragmentos, poucos aliás (soube que único apenas, senão três), que nem todos li, um deles, mas, com certeza, dois também si; esse/esses aí vai/vão:

1 Todas as coisas se dissipam onde tiveram sua gênese, conforme a necessidade; pois pegam umas às outras castigo e expiação pela injustiça, conforme a determinação do tempo.

2 O ilimitado é eterno

3 O ilimitado é imortal e indissolúvel

Anaximandro, fragmentos. Canal Isto não é filosofia. Aula 00 ou 01, pré-socráticos
<
https://www.youtube.com/watch?v=Q09AzB1vaQQ&list=PLhuwT6UtzNbnGa7cWtUeNF_RnYCQhxJUf&index=2 >


Interessante, não é? Há também, e atentai-vos (principalmente eu mesmo), estes:


  1. Pois tudo ou é princípio ou procede de um princípio, mas do ilimitado não
    há princípio: se houvesse, seria seu limite.

  2. O ilimitado é eterno e não envelhece. E abraça todos os cosmos.

  3. […] o ilimitado é totalmente responsável pela gênese e pela dissolução do universo.

Anaximandro, fragmentos. Site TodoEstudo < https://www.todoestudo.com.br/filosofia/anaximandro >.

Quando Anaximandro discorre no primeiro fragmento, cujo dito parece-me um exemplo a favorecer um conceito, salta-me a ideia de "todas as coisas" em função do "tempo", por conta de a sua fala "conforme a determinação do tempo" — coisa evidente; coisa que não é ‘todas as coisas’, de modo que pergunto: o que são todas essas coisas? as existentes coisas? No segundo fragmento, parece-me não pressupostos, mas conclusões a respeito de alguma coisa; quanto a essas conclusões, "O ilimitado é eterno", "O ilimitado é imortal e indissolúvel", julgo possível a substituição de "ilimitado" por "tempo", dado que tempo, por excelência, é eterno — não o tempo que conhecemos, trivialmente marcado pelo relógio de nossos telemóveis; refiro-me ao tempo que nesse contexto, existe sobre esse tipo de tempo —, não possui começo nem fim — a reiterar o "ilimitado" de Anaximandro —, tampouco, portanto, é perecível e indissolúvel, dado sua também eternidade, e impossibilidade por se desfazer, pois isto lhe implicaria a mudança — em verdade, ambos —, mas esse é eterno, esse não muda. Concluo, a também resumir, que a eternidade é o principal fator pelo qual defendo ser a arqué de Anaximandro, o tempo. No mais, embora eu tenha concluído, será mesmo a arqué de Anaximandro o tempo que, de o ponto de vista dos inesgotáveis acasos (aleatórios fatos), acidentes ao tempo, pode possibilitar a origem e o autogoverno? Ou será o tempo, não uma arqué, mas o oposto disso: o que desfaz, dissipa, destrói e desgoverna a totalidade do que existe? como no exemplo do fragmento primeiro. Ou, quem sabe, ambos?; destruição e/ou criação, desgoverno e/ou governo. Precisamente, proclamo a ineficiência de meu pensar, embora parcialmente sustente minha ideia primeira; problematizo, não apresento soluções: precisamente, aponto minha incapacidade. Precisamente, digo que não sei; e assim acabamos com Anaximandro.

- Heráclito, o obscuro; e Parmênides, o poeta (assim escreve, e foi o primeiro filosofo cujo escritos chegaram inteiros, de início, começo e fim): filósofos pré-socráticos que, escolarmente, são conhecidos por se contradizerem — Heráclito, de filosofia apelativa à mutabilidade do mundo (assim analisando-o por meio de Platão); e Parmênides, de filosofia apelativa à ausência do mutável; sem falar de seus métodos, diferentes, com os quais tentaram se levar à verdade.

Parecer x Ser

Na época de tais pensadores, o procura da verdade fora uma evidência, mas o que a verdade é? O que fora a verdade aos seus escravos clássicos? Não só é exclusivamente minha pergunta, bem como, porém, de tais filósofos: o que parece ser? e o que realmente é? Entre o parecer e o verdadeiramente ser, dois filósofos se destacaram em responder tais pontos, ou ao menos incitarem o debate: Heráclito e Parmênides que, aliás, ditaram, de modo conseguinte, o meio pelo qual se acha o verdadeiro conhecimento: se é de modo sensorial ou racional, coisas modernas, bem sei, porém, classicamente, foram esses os incitadores para tais debates futuros.

Para Heráclito a verdade era obtida a partir do discurso argumentativo (logos) — que, inclusive, a ele parecia ser algo absoluto, existente por si mesmo, independente do homem para manifestá-lo; no mais, um princípio (elemento) unificador de todas as coisas, cujo sentido (estado correcto), mesmo que contemplem essas tais todas coisas (natureza) a efemeridade, é proveniente do logos (unidade da/na multiplicidade) — e, quem o usasse com tal finalidade, por Heráclito eram chamados de despertos, em oposição aos dormidos que de opinião viviam (doxas), e que se engavam com muita frequência para com o conhecimento das coisas visíveis — qual Homero, o mais sábio dos helenos (precisamente quando uns jovens marinheiros o fizeram um adivinho incitante do engano) —, sensoriais, embora Heráclito enfatize sua posição para com o conhecimento sentido (isto por meio de seus avulsos fragmentos), que, por mais enganoso que possa ser, por esse se tem a preferência pois esse pode ser adquirido por meio do logos, que, ouso dizer, pode deixá-lo “mais certo”, do contrário, devo dizer que o seu preferir por conhecimentos visíveis, como melhores, ficaria no achismo, sem uma forte sustentação. Parmênides usava outras palavras (conceituais/abstratas; quanto ao Heráclito: metafóricas), contudo, a ideia era basicamente a mesma: verdade e opiniões, (aleteia e doxa) — basicamente, como bem disse, igual a Heráclito, só que com outros dizeres —, não obstante à igualdade, de desigualdade sucediam com relação ao meio mais certo, em sentido de certeza para com o conhecer da verdade (conhecimento), pelo qual se obtém o conhecimento, que, a Parmênides, este, a ser proveniente puramente da razão, é mais certo, principalmente quando ele chega à conclusão, racionalmente, de que o não-ser, por não existir, estingue a possibilidade da mudança — Parmênides, por mais que não soubesse ou nomeasse de tal modo, foi o primeiro filosofo a fazer ontologia (estudo geral da realidade, do ser; ciência do ser enquanto ser). Aproveitando-me do gancho, a mudança, a Heráclito, existe (de acordo com os seus próprios fragmentos), e, sim, muito mais —, por outros filósofos posteriores que o colocam como defensor, e por conclusão (por conta de o filosofo Aristóteles), da mutabilidade, efemeridade, de todas as coisas — aliás, Platão deixa bem claro a posição de Heráclito para com a mutabilidade, quando afirma que Heráclito dissera que não se é possível entrar duas vezes no mesmo rio, posto que tudo mutaria pós a primeira entrada.

Ainda com Heráclito, este sabia muito bem da dificuldade de se achar, na multiplicidade, a unidade, que, por ele, diz ser possível de encontrar adjunto do logos, o elemento que, à multiplicidade, dá sentido: unidade, portanto. Por saber de a dificuldade que é achar a unidade em meio a multiplicidades, Heráclito postula a harmonia entre os opostos, sendo esta harmonia invisível, e, a princípio, contraditória, a unidade em meio à multiplicidade; agora, opinião minha, não acredito que ele acreditasse como certeza absoluta correlação à harmonia entre os oposto como a unidade em meio à multiplicidade, mas, qual Platão, uma alegoria para melhor entender a unidade, de modo conceitual por meio imagético, ou meio pelo qual lá se chega, a partir do logos, que fora o meio pelo qual Heráclito chegou a tal conclusão.

- Síntese de os Pré-Socráticos

Ao resumo de os pré-socráticos, concordo com Aristóteles quando este diz ser a importância principal e una destes filósofos, o material e seu também material princípio, que se cria outras materiais cousas num mundo também material — em síntese, importam-se apenas com a causa material das coisas, no caso aristotélico, a fins curiosos, existe uma única substância pura, sem matéria tão somente forma, que por primeira e imóvel, origina e governa (arqué), fez e atrai, de onde tudo veio e para onde tudo vai.