Infelizmente, cura anda lado a lado com o repouso... Piorei.
Embora fazendo tudo certinho e pontualmente, tomando meticulosamente cada dose na exata proporção da massa corporal, tive de dar seguimento junto ao tratamento prescrito pelo doutor e cuja pessoa já mencionei e comentei em crônica anterior, o trabalho, sob as suas condições habitualmente conhecidas e apelidadas por mim como “extreminhas”: serão debaixo de chuva, durante seis horas quase que ininterruptas, durante toda a madrugada, com direito a vento vezes muito gelado ou muito quente, mas sempre muitíssimo, daquelas unidades reefer — quando não da própria natureza tempestuosa —, cuja composição, além da contumaz poeira, se desconhece.
Verei se agora com mais dois dias de repouso efetivo, saro.
Antes, lá se foram mais duzentos reais meus em remédios; dois entre os tão somente quatro agora, são novidade, mais fortes do que aqueles outros. Como comprar ao todo, desde o início terápico, quase quatrocentos reais em medicamentos sem o vale-alimentação da empresa? Convênio farmácia que recusei sabiamente depois de dizer a mim mesmo, “quem precisa de crédito se já tenho com os bancos digitais?”; na verdade, emendo dizendo que seria até bom este que se desconta diretamente do pagamento por motivos práticos e circunstâncias quais os meus. Enfim pareço trocar alguns muitos saquinhos de amendoim salgado e torrado por fármaco.
Amendoins: uma das paixões.
Fato é que acabou o dinheiro hoje e que ficava muito doente no anoitecer de ontem. Os sintomas se haviam agravado de um modo repentino e estranho. Havendo tomado tudo que se havia para tomar depois de minha primeira consulta com o clínico Zattar, o que me parecera melhora indubitável durante o tratamento, e convalescimento para lá de seu finalmentes, se me mostrou ontem o exato contrário, isto é, na piora do que então parecia só um quadro de tosse aguda. Tive febre entre 38 a 40 graus pela madrugada, e o que parecia sinusite atacada desde a véspera.
Assim foi minha tão esperada folga dos dois dias, ou aos mais íntimos do meu trabalho e cia.: “folga da madruga”.
— Vou lhe receitar um tratamento mais forte — dizia-me o médico — e mais três dias de afastamento de suas atividades laborais.
Sem saber o que fazer, lembrando-me do que me havia dito na primeira consulta para lá pôr os pés novamente caso eu não melhorasse, resolvi por voltar-lhe hoje, pela manhã; doutor aproveitou para, além de me entregar o laudo com as mais novas prescrições e medicações, além de lavrar o atestado com o qual abonaria minhas faltas —, dizer que eu voltasse se acaso mais uma vez não saneasse, ou no mínimo não desse sinais já na segunda-feira.
Se mesmo com quase um grama ou equivalentes mil miligramas de antibiótico, não mostrasse sinal imediato de possível debilidade a possível sinusite, seria aí caso preocupante; tanto mais o inchaço que minha teste e maças do rosto apresentavam.
— Tava desse tamanho... — disse-me mamãe levantando o índice para a própria bochecha, quando falávamos do quão inchado eu estava na face antes de haver tomado o novo antibiótico. — Esse é potente.
A febre não passou fácil salvo com o uso regular de dipirona monoidratada por automedicação; sendo a febre uma reação natural para a anormal alteração fisiológica, sua ausência por ora não passa dos meros efeitos de um analgésico temporário, um lenitivo. A tosse segue à outrance (intrépida já a sete dias), sintoma e enfado por que procurei, lá no começo, assistência médica no pronto-socorro do Hospital Paranaguá, mas por óbvio não houve doutor Eduardo e Kóide D que resolvessem.