Um rufião
loucamente apaixonado mas incapaz de amar, acaba por além de interromper o
futuro brilhante de estancieira de uma jovenzinha, que casada estaria com um bom
garoto gauchito furriel, invade o rancho e mata a avó da menina por querê-la
além da conta, planejando violá-la. Ela lhe escapa a modo de meia-rédea e acaba
por cair num lodaçal mais adiante, sugada junto ao cavalo para as profundezas
daquela fervura enegrecida, bufando e borbulhando, remexida pelas incessantes
patadas do desesperado matungo.
Maria
Altina — a jovenzinha — levava uma rosa presa aos cabelos a modo de penteado,
colhida de uma roseira perto de casa, a que um dia fora rosa também, plantada
por ela, prenda do bom garoto gauchito furriel. É o que restou dela lá no
tremedal, cujo viço não morrera; de ali, de aquela linda rosa e limpa em meio a
toda sujeirama do derredor, uma nova roseira nasceu, certo que cobiçada de
muitos viajantes por alguma de suas rosas bagualas.
Plantada
por defunto, mau agouro a quem conhecesse a história e mesmo assim se metesse a
colhê-la; quem não conhecesse, conhecia, porém, o terrível do tremedal. Reputado
e respeitado manantial, perigoso e traiçoeiro mesmo antes dessa desgraceira
toda, agora diz-se que assombrado segundo aqueles que por ali por perto
resolvem pernoitar. Que espectros rondam o lugar.
Agora tudo ia contrário a quem ousasse tocar a flor — Maria Altina — sem seu consentimento mais uma. A natureza movediça do que escondia um sumidouro por baixo, as fantasmagorias... Agora estava bem guarnecida.