Outro dia pensava eu sobre o
nominalismo.
O nominalismo afirma que não
existem realmente as essências ou naturezas. Antes, se existem realmente, não
passam de um jogo de palavras atribuído a tal e qual objeto ou situação.
Uma cadeira, objeto simplíssimo,
tem finalidade, a de que nos sentemos nela, tanto mais as coisas mais complexas
e menos simples como os leões; ainda que embora não saibamos com exatidão qual
a finalidade dos leões tal como o sabemos de uma cadeira. É esperado que se
tratando de uma coisa mais superior, complexa, do que uma cadeira, tivéssemos
essa dificuldade de lhe apontar uma só finalidade e verdadeira. Não é também
verdadeiro que a ignorância não impede algo de existir?
E não é verdade que todas as coisas
possuem suas finalidades? das mais simples até as mais complexas, mesmo que, no
caso das complexas, muitas delas, até que cheguemos em algo mais definitivo?
Antes, porque são tiradas de seres que existem, não é verdade que as
finalidades das coisas são reais e existem?
Por exemplo, sendo da essência, da
natureza da cadeira o assento, não têm as essências ou naturezas, papeis
fundamentais na constatação de tal e qual finalidade para tal e qual ser que
existe e é real? Já no caso dos leões, não diríamos absolutamente que a
finalidade deles é a de voar por aí, nem a da cadeira promover que fiquemos em
pé.
Então como poderia o que não existe realmente afirmar sobre algo que existe realmente?