Que
o universo não é infinito é um fato.
Se o universo fosse infinito não haveria avanço no tempo. Não haveria tempo nem sua noção. Tampouco, ainda que abstratamente, regresso ou avanço no tempo, até o seu início ou fim delimitáveis. Não haveria um início nem um fim.
Se
o universo fosse infinito, toda a sua contingência atestável deixaria
automaticamente de existir. Se o universo fosse infinito, toda a sua
contingência seria de algum modo só, uno e realizada.
Tomando
por exemplo, novamente, a árvore, cadeira e o conglomerado de toras de madeira,
se o universo fosse infinito, a árvore, podendo ser cadeira, não deixaria de
ser atualmente árvore no momento em que fosse cadeira. O conglomerado de toras
de madeira não deixaria de ser atualmente um conglomerado de toras de madeira
ao se tornar cadeira, ou antes deixar de ser a árvore que um dia fora; e nem a
cadeira uma árvore iria deixar de ser aquele conglomerado de toras de madeira. Todos os três, simultânea e efetivamente, seriam árvore,
conglomerado de toras de madeira e cadeira.